O Supremo Tribuna Federal, em decisão tomada nesta quarta-feira (17), entendeu não ser obrigatório a exigência de diploma para exercício da profissão de jornalista. O STF acatou recurso impetrado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo. Neste julgamento histórico, o STF pôs fim a uma conquista de 40 anos dos jornalistas e da sociedade brasileira.
Não resta dúvida que a decisão permitirá às empresas de comunicação contratar e colocar em suas redações qualquer pessoa, independente da qualificação profissional. Por certo, as consequências serão catastróficas não somente ao profissional de jornalismo, que frequentou uma universidade, aprendeu teoria da comunicação, estética de comunicação de massa, semiologia, teve aulas de técnicas de redação de rádio, TV, jornal, aprendeu a editar notícias, técnicas de reportagem, e aprendeu, inclusive, sobre ética profissional. Pode ter certeza que a decisão do STF será também catastrófica para a sociedade, pois corre-se o risco da prática do que chamamos de "mal-jornalismo" nas redações, inspirado nos interesses patronais e sendo subserviente aos interesses econômicos.
Outro ponto negativo que vejo com a decisão "inconsequente" do STF são as universidades que mantêm curso de Jornalismo. Por certo, o desestímulo dos professores, alunos e comunidade acadêmica será inevitável. Quem frequentará uma faculdade de jornalismo sabendo que hoje, no Brasil, perdeu o status de curso superior?
Por tras dessa questão esta a ANJ e o loby das grandes redes de comunicação ( radio, jornal e televisão) que há anos vem enfrentando nos tribunais a exigibilidade do diploma para a prática do jornalismo. Com a exigência do curso universitário a coisa estava ruim imagine doravante com essa liberada geral agora avalizada pelo STF.
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