Vem se tornando cena comum o assassinato de jornalistas no Brasil.
Dias atrás, a vítima foi o jornalista Mário Randolfo, 50 anos, que era editor-chefe de um site que publicava artigos com denúncias de supostos casos de corrupção na cidade de Vassouras (RJ). O caso ganhou repercussão internacional.
Em fevereiro último, o jornalista Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, de 51 anos, foi morto na cidade de Ponta Porã, fronteira do Brasil com o Paraguai. Paulo Roberto foi fundador do site de notícias "Mercosulnews" e editor-chefe do diário "Jornal da Praça", no qual trabalhou nos últimos 30 anos e que até há pouco tempo tinha como um de seus donos o empresário Fahd Jamil, foragido da Justiça após ser condenado em 2005 a 20 anos de prisão por narcotráfico.
Ontem, o jornalista e blogueiro Décio Sá foi assassinado com seis tiros à queima roupa em um restaurante de São Luiz, no Maranhão. Décio Sá trabalhava no jornal "O Estado do Maranhão" - pertencente à família Sarney - e escrevia em um blog famoso por informações de bastidores da política no Maranhão. Ele também trabalhou no jornal "O Imparcial" e chegou a ser correspondente da "Folha de S.Paulo" no final dos anos 90.
A imprensa livre no Brasil tem sido decisiva para esclarecer e divulgar casos de corrupção e desgoverno. Se a justiça é lenta para punir, a imprensa tem sido rápida e eficaz para divulgar escândalos e mais escândalos, envolvendo empresários, políticos, assessores etc.
Urge uma ação rápida de proteção aos jornalistas. O Brasil é um dos países em que há mais assassinatos de jornalistas, justamente por não termos leis mais eficientes e protetoras para os profissionais da informação.
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