terça-feira, 24 de abril de 2012

Ainda sobre morte de jornalistas no Brasil

O Brasil ocupa a 11ª colocação no ranking de países em que os assassinatos de jornalistas mais ficaram impunes, segundo a organização não governamental (ONG) Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ).
Os piores na América Latina são Brasil (11º lugar), México (oitavo lugar) e Colômbia (quinto lugar).
No mundo, os líderes em violência contra jornalistas são Iraque (primeiro), Somália (segundo) e Filipinas (terceiro), segundo o Índice de Impunidade criado pela CPJ.
Para os analistas do CPJ, crimes recentes que levaram à morte de pelo menos dois jornalistas brasileiros – Edinaldo Filgueira e Valério Nascimento, ambos assassinados em 2011 - geraram um “retrocesso” nos esforços das autoridades para combater a impunidade. De acordo com a ONG, nos últimos anos, a Justiça sentenciou pelo menos cinco pessoas responsáveis por assassinatos de jornalistas. Há ainda cinco assassinatos que permanecem sem solução na última década. A organização destaca que os jornalistas foram vítimas de represálias por suas ações.
Em carta enviada à presidenta Dilma Rousseff na semana passada, o diretor executivo do CPJ alertou sobre a situação brasileira. "O Brasil consta pelo segundo ano consecutivo do Índice de Impunidade 2012 do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que calcula o percentual de casos não solucionados de assassinatos de jornalistas em relação à população de cada país", diz o documento datado do dia 18 de abril e assinado pelo diretor executivo da ONG, Joel Simon. No ranking passado, o Brasil ficou em 12o lugar.

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