As pessoas têm questionado muito o fato de o presidente Lula defender o presidente do Senado, José Sarney.
Nesta quarta-feira, durante a posse do novo Procurador-Geral da República, Lula criticou a condenação prévia da imprensa.
Acho que o presidente tem todo o direito de preservar seu governo, ao defender sua base de apoio, isto faz parte das relações políticas.
No entanto, julgo que esta defesa prévia do presidente terá um efeito colateral nas eleições do próximo ano.
A opinião pública se deixa influenciar pela mídia e pelo momento político que o país vive na hora de votar.
É muito difícil para a grande maioria dos eleitores entender o que está por trás das denúncias que envolvem Sarney.
Não é de hoje que o Senado Federal vem se utilizando de apadrinhamentos, atos secretos e nepotismo.
Muitos dos que hoje falam em moralização se calaram por algum tempo sobre as irregularidades ali praticadas.
Agora, que a imprensa está denunciando as mazelas naquela casa, se postam de defensores da moralidade.
Vejo que o presidente Lula não está defendendo as maracutais já propaladas pela imprensa. Defende a sustentação do seu governo.
Porém, como vivemos no Brasil, isto terá um peso politico muito grande nas próximas eleições.
O Sarney não foi candidato do PT a presidência do Senado. Era apoiado pelas forças conservadoras que hoje pedem sua cabeça. Miram Sarney mas querem acertar no governo do presidente Lula instalando-se na presidencia do Senado. Ja tem a presidência da Câmara. PSDB, DEM, PPS e parte do PMDB miram Sarney mas preparam o ataque para as eleições de 2010. Não há discurso de moralidade pra essa gente. É disputa de poder. Querem se instalar na casa para iniciar o ataque ao governo Lula.
ResponderExcluirSarney e sua trupe não é referência politica pra ninguem. Todos sabemos disso..
É o velho Brasil das oligarquias que insistem se manter no poder. Vale tudo nessa praia.
Escolheram Sarney que o suportem..
Por outro lado a posição de Lula é dificil. Defender Sarney lhe traz um ônus político imenso..Mas fechar os olhos para um aliado episódico pode lhe causar um inferno astral no final de um mandato que foi bom para o Brasil.