Assisti ao show que marcou os 50 anos de Roberto Carlos, no sábado, no Maracanã. Nem a chuva e o frio foram capazes de inibir a presença do público. Vi pela telinha; estava em casa enrolado num cobertor para amenizar a temperatura baixa.
Confesso que nunca fui um fã do Roberto Carlos, mas quis ver o show pela importância deste artista para a música brasileira. Todos os músicos o referenciam, chamam-o de "Rei" e, de fato, Roberto Carlos é o nosso "Rei", venceu todas as etapas, não só as musicais, mas também as questões pessoais e familiares. Desde a separação e perda da primeira mulher, Nice; o casamento conturbado com a atriz Miriam Rios; o desfecho triste da morte de sua última companheira, Maria Rita, que em dado momento o fez ser descrente com a vida. Porém, Roberto sempre foi uma pessoa mística, religiosa, cantou Jesus Cristo e Nossa Senhora Aparecida em suas músicas, e superou tudo.
O show foi marcante e emocionante, sim. A presença do amigo e parceiro musical, Erasmo Carlos, sem dúvida, foi um dos momentos inusitados. Vi o Rei e Erasmo chorarem, eram tantas as emoções, com diria o próprio Roberto. Desde a Jovem Guarda, passando por todas as fases e movimentos musicais, essa dupla conseguiu encantar o público, com canções simples e letras diretas e inteligentes. Não há como negar que Roberto Carlos é a maior expressão de artista que o Brasil já produziu. Afinal, ficar em evidência há mais de 50 anos só mesmo um Rei.
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