sexta-feira, 17 de julho de 2009

190 e 193 pra quê?

Nas últimas semanas têm crescido as reclamações sobre as chamadas emergenciais pelo 190 [Polícia Militar] e 193 [Corpo de Bombeiros]. A razão é simples: o governo decidiu centralizar as informações e, com isso, aumentou o tempo de chegada das viaturas nas ocorrências. Antes, as chamadas eram recebidas na cidade. Bastava uma ligação que o atendimento era praticamente imediato. Agora, o cidadão é obrigado a responder perguntas e passar informações para um interlocutor que praticamente desconhece a cidade e suas peculiaridades. Assim, até a identificação e acionamento da viatura, o atendimento fica prejudicado. Esta semana recebi reclamação de uma moradora de Venceslau, indignada com o fato de o Resgate (193) não ter atendido a um chamado. Sua filha havia sofrido vários ferimentos, inclusive na cabeça, e precisou ser transportada por um vizinho simplesmente porque o resgate não foi ao local, depois de várias tentativas de chamada. Se de fato isto ocorreu, é um caso gravíssimo que, inclusive, merece a atuação do Ministério Público. A mãe disse que já procurou o promotor para registrar o ocorrido.
É inconcebível que os impostos pagos por nós é que sustentam os salários de quem devia nos proteger e nos assistir estão se esvaindo na incompetência e, por que não dizer, na intolerância de quem comanda este estado. As razões para centralizar as duas chamadas, na prática, até agora, só tiveram efeito contrário. Estamos assistindo a precarização dos dois serviços. E pior: o nosso principal representante junto ao governo estadual está de mãos atadas. Simplesmente se calou sobre o assunto.

Um comentário:

  1. Mais uma vez o estado se utiliza dos municipios para de desobrigar das funções jogando no colo do cidadão e das prefeituras uma obrigação e uma responsabilidade que é sua.
    Veja só a questão do FEBOM que foi criado e sempre foi administrado para melhorar o desempenho das atividades da guarnição dos bombeiros aqui em Presidente Venceslau. Os recursos são arrecadados da população e transferidos para uso nas necessidades do grupamento local. È justo...
    Ocorre que a partir de certo periodo a unidade dos bombeiros passou a ter abribuições regionais com a criação de um Sub-grupamento, sendo comum os nossos bombeiros serem requisitados para atendimento em cidades da região.
    Arrecada-se recursos dos cidadãos de Presidente Venceslau para uma prestação de serviços de urgência com carater regional.
    Tão claro fica essa injustiça, mais agora ainda, com o atendimento através de uma unidade remota de atendimento (URA) localizada em Presidente
    Prudente.
    As empresa privadas fazem isso para otimizar os seus serviços ( Telefônica, Caiuá, Operadoras de telefonia celular ..etc), mas seus recursos não advem de um tributo ou taxa cobrado especificamente de uma comunidade como no caso do FEBOM.
    Esta claro que o Governo de São Paulo através da Secretaria de Segurança Pública esta se utilizando de recursos arrecadados junto aos contribuintes locais, para dar um atendimento regional através do agora constituido Sub-Grupamento com sede em Presidente Venceslau.
    O pacto federativo é rompido toda vez que uma esfera de poder se omite de sua responsabilidade atribuindo a outro ente federado obrigações que não lhe compete.

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