segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

BBB e Fazenda, triste sina da TV

Nos últimos anos, a busca insessante pela audiência tem levado as principais emissoras de canal aberto do país a veicularam programas sem qualquer conteúdo. A vida alheia espiada pela tela da TV, conflitos e ambições, alimentados pelo prêmio em dinheiro, fazem tanto do BBB como da Fazenda um simulacro de personagens mediócres que ganham notoriedade e fama.
São raros os programas na telinha que mostram uma preocupação com o conteúdo e formas mais aprazíveis de comunicação. Um deles, cito aqui neste espaço, é o "Sr. Brasil", apresentado na TV Cultura por Rolando Boldrin, que considero um digno representante da mídia que valoriza a cultura brasileira em suas mais variadas vertentes. Boldrin, com seus contos e causos, consegue reproduzir a verdadeira cultura tupiniquim ao mostrar uma diversidade de ritmos, compositores e intérpretes de raízes brasileiras.
No jornalismo, o padrão é o mesmo. O JN estereotipou o modelo usado pela maioria das emissoras. A notícia tem nuances de um video-show e cede aos apelos caricatos em busca da audiência, privilegiando mais a forma do que o conteúdo.
Quando o governo se propõe a cobrar dos meios de comunicação algo mais produtivo e educativo aparecem as vozes contrárias para confundir a opinião pública com o discurso de que haverá controle estatal da mídia. Pior: profissionais e articulistas, oriundos da grande imprensa, afinam o discurso e fazem uma verdadeira cruzada para sepultar qualquer tentativa governamental de pluralizar a informação. Para a grande mídia, o gosto fútil e ignóbil é uma forma de vedar os incautos.

Um comentário:

  1. Pois é Jamil, graças ao um gênio, nós pobres mortais, podemos dizer um "NÃO" a essa patifaria e mediocridade que se tornou a TV brasileira, obrigado inventor do Controle Remoto, muito obrigado!

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