Virada Cultural

A Secretaria de Estado da Cultura descentralizou projetos antes destinados à Capital, São Paulo. Um deles é o "Virada Cultural", que oferece durante 24 horas ininterruptas atrações musicais, teatrais e intervenções artísticas, entre outras.
Pois bem. Entre os dias 22 e 23 de maio, Presidente Prudente vai receber mais uma vez o projeto. Além de Prudente, outras cidades do interior, como Araçatuba, Assis e Marília, também promoverão o "Virada Cultural".
Municípios menores, do porte de Venceslau, ficam relegados. Ao meu ver, uma decisão equivocada, até porque os municípios maiores já dispõem de outras iniciativas e atrações culturais.
Por que não levar algumas atividades culturais aos pequenos municípios, descentralizando ainda mais as ações do projeto?
Os pequenos municípios, a maioria sem sala de cinema, teatro, espaços culturais, deveriam ser estimulados pelo governo, com uma política mais abrangente e menos elitista de promover cultura.
Acho que o modelo tucano para cultura em nosso Estado está muito longe das necessidades que temos. Não é atoa que os pequenos municípios cultivam o modismo imposto pela industria cultural, sem dimensionar o que é bom e belo.

Agora os jornalistas são culpados

Confesso que não entendi a queixa de Bragato pelo fato de alguns jornais publicarem uma decisão judicial que envolve seu nome.
Nenhum órgão de imprensa deixou de mencionar que a decisão não é definitiva e que, portanto, cabe recurso em outras esferas.
Os jornais da região, incluindo o "Tribuna Livre" , citam uma decisão proferida por desembargadores do Tribunal de Justiça, que mantiveram condenação de perda dos direitos políticos do parlamentar por 05 anos.
Os jornais também destacaram o "outro lado" da notícia, colocando as justificativas do advogado do deputado tucano e dele próprio.
O que achei estranho é que dois dos principais blogs de Prudente ficaram omissos à informação. Só publicaram algo a respeito dois dias após a notícia ter sido veiculada na imprensa escrita. No entanto, deram mais enfoque para a defesa do parlamentar do que para a decisão da justiça.

Bragato é condenado a perda de direitos políticos

O Tribunal de Justiça manteve a condenação de improbidade administrativa ao deputado Mauro Bragato (PSDB). Na decisão do TJ, que ainda cabe recurso no próprio tribunal, os desembargadores confirmaram a perda de direitos políticos por cinco anos.
De acordo com denúncia movida pelo Ministério Público, quando prefeito de Prudente, Bragato teria feito contratação de 21 serviços junto à Prudenco sem licitação pública.
O advogado de Bragato deverá entrar com embargo declaratório. Caso não obtenha êxito, o parlamentar poderá recorrer em instâncias superiores.

Mudança na equipe de Ernane

Depois de ser afastado pelo prefeito Ernane do cargo de Chefe da Gabinete em setembro do ano passado, João Carlos Ambrósio está de volta à Prefeitura. Agora para assumir a chefia do setor de Transporte. Ambrósio substitui Dagoberto Villanova, que pediu demissão.
Tido como homem de confiança, Ambrósio foi um dos articuladores da campanha eleitoral de Ernane. Terminadas as eleições, foi então convidado para ser o chefe de gabinete. Ficou no cargo por cerca de 09 meses, quando acabou sendo afastado pelo prefeito por questões administrativas.
Agora retorna à Prefeitura para atuar na área de transportes, comandando um setor intrigante do município.

Venda do Casarão

Dias atrás, uma informação sobre a venda do Casarão da família do Dr. Álvaro Coelho foi aventada. O pretenso comprador seria um particular e ligado à arquitetura. Segundo informações obtidas pelo blog, caso seja concretizada a aquisição, a idéia é transformar o local numa espécie de "pousada cultural", com ares interioranos.
O Casarão foi tombado pelo Conselho Estadual de Patrimônio Histórico e Cultural no final dos anos 80, no entanto o poder público municipal, apesar de algumas tentativas, não conseguiu a aquisição do imóvel para torná-lo um espaço cultural.

‘João Buraco’

Cansado de promessas no bairro, um morador do Nico Moré resolveu mostrar sua indignação de forma inusitada. Colocou um “espantalho” com um guarda sol como se estivesse num pesqueiro. O morador apelidou o espantalho de “João Buraco”, referindo-se à situação das ruas do bairro, com buracos e crateras enormes, após as chuvas dos últimos dias.

BBB e Fazenda, triste sina da TV

Nos últimos anos, a busca insessante pela audiência tem levado as principais emissoras de canal aberto do país a veicularam programas sem qualquer conteúdo. A vida alheia espiada pela tela da TV, conflitos e ambições, alimentados pelo prêmio em dinheiro, fazem tanto do BBB como da Fazenda um simulacro de personagens mediócres que ganham notoriedade e fama.
São raros os programas na telinha que mostram uma preocupação com o conteúdo e formas mais aprazíveis de comunicação. Um deles, cito aqui neste espaço, é o "Sr. Brasil", apresentado na TV Cultura por Rolando Boldrin, que considero um digno representante da mídia que valoriza a cultura brasileira em suas mais variadas vertentes. Boldrin, com seus contos e causos, consegue reproduzir a verdadeira cultura tupiniquim ao mostrar uma diversidade de ritmos, compositores e intérpretes de raízes brasileiras.
No jornalismo, o padrão é o mesmo. O JN estereotipou o modelo usado pela maioria das emissoras. A notícia tem nuances de um video-show e cede aos apelos caricatos em busca da audiência, privilegiando mais a forma do que o conteúdo.
Quando o governo se propõe a cobrar dos meios de comunicação algo mais produtivo e educativo aparecem as vozes contrárias para confundir a opinião pública com o discurso de que haverá controle estatal da mídia. Pior: profissionais e articulistas, oriundos da grande imprensa, afinam o discurso e fazem uma verdadeira cruzada para sepultar qualquer tentativa governamental de pluralizar a informação. Para a grande mídia, o gosto fútil e ignóbil é uma forma de vedar os incautos.

Chuvas continuam castigando PV

Nesta quarta-feira à tarde, as chuvas provocaram mais alagamentos e estragos em Venceslau. Nem as ruas do centro conseguiram suportar o volume d'água. O venceslauense Hector Santos registrou o momento mais intenso das chuvas, na confluência das ruas Almirante Barroso e Campos Salles (foto).
Outros pontos da cidade também ficaram alagados e foram danificados pela água da chuva, principalmente as ruas com pedras sextavadas e bairros que não possuem galerias de águas pluviais.

Procura-se um presidente

O título acima parece anúncio de classificado, mas, na realidade, retrata o momento atual em relaçâo ao mais importante evento na cidade: a Faive (Feira Agropecuária e Industrial de Presidente Venceslau).
Depois de se tornar uma das maiores feiras do Estado de São Paulo, elogiada em toda região por frequentadores e pecuaristas, a Faive vive hoje momentos inglórios.
A comissão que dirigiu a festa nos últimos anos já anunciou sua saída, decisão tomada no ano passado, bem antes do imblógio que questiona a prestação de contas do evento.
O caso foi parar no Ministério Público, a partir de uma representação feita pelo vereador Tufy Nicolau Júnior (PSDB), que questiona os balanços de 2008 e 2009.
O prefeito Ernane ainda não se manifestou, mas, nos bastidores, os comentários que chegam é que ele está encontrando dificuldade para nomear nova comissão. Ao que parece é que não há quem queira se dispor a presidir a feira, depois de tudo que se viu e ouviu nos últimos dias sobre o assunto.
A feira precisa ser realizada de qualquer jeito, pois envolve negócios, como leilões, no entanto o tempo para o início do trabalho vai ficando mais curto na medida em que nada está definido ainda em relação a nomes.
Fevereiro está chegando e todos os contatos para promoção da feira não podem ser protelados por um período maior.
Outra coisa: a responsabilidade para realizar uma festa do porte em que a Faive se tornou nos dias atuais não é tarefa tão simples assim, como muitos imaginam. Evento que envolve recursos públicos, contratos, tomadas de preços, entre outras demandas, conforme se exige, precisa de pessoas abenegadas, experientes e que gozam de prestígio junto à comunidade.

Morador critica situação do Nico Moré

"Todos repetem o mesmo bordão, "Só dá para arrumar depois que parar de chover"
(Blog de um jornalista da cidade). Isso é uma coincidência muito bacana: "...Só dá para arrumar depois que parar de chover"... Logo em seguida, após as chuvas virá outro bordão bem manjado... "Só dá para arrumar depois que as verbas forem liberadas"... Quem será o maior culpado? São Pedro ou "Santo das verbas"? Bem, digamos que após as chuvas, São Pedro estará totalmente isento de qualquer culpa... Meu Deus...e eles acham que o povo é bobo né? Nem precisa de "Mãe Diná" para saber como são as coisas...a menos que provem o contrário, duvido muito que algo seja feito com qualidade. Se for, volto atrás em minha palavra...mas acho que isso é quase impossível... Esse é o típico jogo, onde os peões são os cidadãos e os jogadores, são os políticos...!"
Desabafo de Wesley Aguiar, morador do Nico Moré, sobre a situação do bairro após as intensas chuvas.
Segundo Wesley, o problema se arrasta há vários anos, sem solução definitiva, que é a construção de galerias.
À época, o loteamento Nico Moré foi liberado sem a devida infra-estrutura. Hoje, os moradores sofrem com a falta dela, principalmente em época de chuva.
O prefeito Ernane Erbella disse que a Prefeitura não dispõe no momento de recursos para realizar a obra, mas adiantou que o dinheiro (R$ 1 milhão) que o município receberá da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), assim que for liberado pela estatal, será aplicado no bairro.

Verba de Olímpio vira pagamento de 13º na Sta Casa

A verba de R$ 210 mil destinada pelo deputado Major Olímpio, no final do ano passado, para compra de equipamentos para a Santa Casa de Venceslau, depois de depositada na conta do hospital, voltou para o governo e virou custeio para pagar o 13º salário dos funcionários.
A medida deixou Olímpio contrariado, uma vez que os recursos já estavam na conta do hospital e foram contabilizados com bônus político para Mauro Bragato (PSDB), que intermediou o pagamento do 13º.
Olímpio esteve nesta quarta-feira em Venceslau, foi até a Santa Casa (foto), e ouviu da própria administração e provedoria a manobra utilizada com o dinheiro já depositado. Ele lamentou o fato e disse que "quem perde é a população". Disse mais: "é triste para a população e vergonha para os políticos os interesses pessoais se tornarem maiores que os interesses públicos".

Centro Cultural de Venceslau

Uma das obras mais importantes que considero na gestão Ângelo Malacrida é a criação do Centro Cultural, antes "Plínio Marcos", e agora "Salvador Lopes".
O mais importante ao meu ver foi a decisão administrativa de Malacrida de comprar um imóvel que estava praticamente abandonado em área nobre da cidade, para torná-lo como referência às manifestações culturais.
Ainda em seu governo, Malacrida transferiu a Biblioteca para lá, tirando-a de um imóvel alugado e de pouca ventilação, para transformá-la em um ambiente digno e com todas ferramentas necessárias para pesquisa, inclusive com a instalação de ifocentro.
Infelizmente, a atual administração cedeu aos apelos de um vizinho e acabou retirando do Centro Cultural um toldo construído no findar da gestão Malacrida. A idéia era utilizar o espaço - entre a biblioteca e o almoxarifado - como um Café Cultural com música ao vivo e local para oficinais culturais.
Malacrida também deixou pronto todo o projeto para ampliação da biblioteca e construção de um teatro.
Vejo agora que o prefeito Ernane assinou em São Paulo convênio para construção de um anfiteatro no Centro Cultural. O Estado deverá liberar R$ 150 mil. Por certo haverá contrapartida da Prefeitura, uma vez que o valor acima é insuficiente para atender ao projeto.
De qualquer forma, registro meu contentamento com a ação do prefeito Ernane e da DEC (Divisão de Educação e Cultura) por dar andamento para concretização do Centro Cultural, um sonho acalentado há anos pela comunidade e, principalmente, pelos amantes da cultura.

Praça Nicolino Rondó poderá ser revitalizada

Fico sabendo que, ainda este ano, a Prefeitura de Presidente Venceslau pretende reformar a principal praça da cidade - a Nicolino Rondó.
O prefeito Ernane reaproveitará projeto elaborado pelo arquiteto Hélio Hirao, concebido durante a gestão Osvaldo Melo.
Os recursos advirão do governo federal, com a finalidade de fazer da praça uma espécie de boulevard.
A reforma da praça para transformá-la num ambiente mais favorável à população é acalentada há alguns anos.
É importante a continuidade de projetos que tiveram início em administrações anteriores, até porque, para sua concretização, às vezes, são necessários anos a fio.
Se atual administração conseguir fazer a obra, por certo estará realizando um sonho acalentado por muitos, que é ver a nossa principal praça como um cartão de visita da cidade.

Emilson e Cia resgataram a Faive

Já postei em outras ocasiões o que penso sobre o trabalho desenvolvido por Emilson Soriano e Cia no comando da Faive (Feira Agropecuária e Industrial de Presidente Venceslau).
Apenas para recordar, em 2000, no final da gestão Catarino, Emilson foi convidado pela primeira vez para comandar e organizar a feira em tempo recorde. Aceitou o desafio e conseguiu fazer uma grande Faive pelas circunstâncias e problemas que encontrou.
Antes de Emilson, só para refrescar a memória de alguns incautos, a Faive era motivo de desconfiança, falta de credibilidade, com rombos inexplicáveis bancados pela Prefeitura.
Com paciência e um trabalho árduo e sério, Emilson e Cia conseguiram levantar a festa, a ponto de torná-la uma das melhores do Estado de São Paulo.
Não foram somente os grandiosos shows que aqui se apresentaram, a feira se tornou referência para o setor da pecuária, pois atraiu importantes criadores do Brasil para os leilões e mostra de animais, mobilizou os produtores e fomentou o desenvolvimento de novas técnicas no setor agropecuário.
Vejo que agora se questionam balanços e contratos firmados por esta comissão, inclusive com pedidos de informações na Câmara Municipal. Se é oportunismo político ou não só o tempo é que poderá dizer. No entanto, posso assegurar que conheço a idoniedade de todos os membros da comissão, pessoas abnegadas e desprovidas de qualquer interesse em levar vantagem. Ademais, organizar uma feira, nas proporções em que esta festa se tornou nos dias atuais, não é tarefa fácil. Requer competência, coragem e muita determinação.