Curiosamente, os partidos políticos e seus respectivos possíveis postulantes ao cargo de Prefeito de Presidente Venceslau para as eleições em outubro próximo decidiram adotar a lei do silêncio. Pouco ou quase nada se fala sobre a disputa. Há uma nítida estratégia de evitar comentários ou críticas ao "estabelechiment", logicamente para evitar o "bate-volta".
O próprio prefeito Ernane, que deve ser nome certo para a reeleição, também tem usado o mesmo expediente. Evita falar sobre o assunto, preocupando-se mais com os problemas do dia-a-dia da Prefeitura, que não são poucos.
Por outro lado, a "crise" entre Ernane e o PSDB parece ter sido estacanda. Apesar do descontentamento de alguns tucanos que cobram mais espaços na administração Erbella, optou-se pelo recuo nas cobranças e o silêncio sobre o que foi de fato tratado entre o prefeito e os debelados do PSDB local. Será que Bragato interferiu?
De qualquer forma, por mais que tentem apaziguar os exaltados, sempre haverá rescaldos e inconformidades, podendo ou não influenciar ou reduzir apoios deliberados na campanha anterior.
Do ponto de vista da oposição, a adoção do silêncio pode vir a ser uma estratégia equivocada. O diálogo com a população deve ser uma constante, não apenas às vésperas das eleições. Se falta estrutura e recursos, melhor então é não ir adiante para evitar novos dissabores.
Pelo andar da carruagem, o venceslauense só será mesmo "chacoalhado" a partir de julho, quando os partidos, obrigatoriamente, já terão definidos nomes para a disputa. Até lá, o cenário pouco mudará do que se percebe hoje: o silêncio continuará valendo mais do que mil palavras, ainda que necessárias.
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