sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dia de cão

Quando me deparei hoje, ao vivo e a cores, com a presença de duas figuras políticas na mesma nau, pensei: o que estou fazendo aqui.
Bem, o lado profissional deve estar acima do que se pensa e o que se quer.
Na nossa profissão de relatar os fatos, não há como fugir do que parece óbvio ululante, diria Nelson Rodrigues.
Então, encarei mais uma coletiva, que, pasmem, tinha jeito de uma coisa encomendada, tal a volúpia e falta de senso profissional que insiste em permear nesse rincão.
Ouvi atentamente os questionamentos e as respostas manjadas dos visitantes sob os olhares absortos de uma torcida só.
Não podia ser diferente.
As mesmas ladainhas, quiça os mesmos sofismas, repetições, discursos prosaicos, ufanismo barato cheirando mocho.
Virei às costas, depois da missão cumprida e voltei para o meu habitat.
A soberba e o cinismo são duas coisas que abomino nessa vida.

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