Carlos Lacerda, maior bandeira da extinta UDN, deve estar se remoendo no túmulo com a crise entre tucanos e democratas por conta da escolha do vice de Serra.
Tudo começou com uma informação no Twitter, protagonizada pelo fanfarrão Roberto Jefferson, do PTB.
Acostumado a criar fatos políticos, Jefferson confidenciou uma informação que era desconhecida dos Democratas, expondo o senador Álvaro Dias (PSDB) como o escolhido por Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, e pelo próprio Serra, como candidato a vice na chapa do ex-governador de São Paulo.
A reação dos Demo foi imediata, colocando panos quentes na escolha. Ameaçaram romper uma aliança umbilical, chiaram a beça e, agora, acabo de verificar que a candidatura Álvaro Dias para vice foi para o vinagre, azedou.
O DEM quer e deverá mesmo apontar o vice de Serra.
A escolha se dará ainda hoje, último dia para realização de convenção para eleições de 03 outubro.
Enquanto Serra patina na pesquisa e na escolha do vice, Dilma sobe na preferência do eleitorado e faz campanha inteligente sobre suas propostas de governo.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
Vinhas com chance
O vice-prefeito de Presidente Prudente, Marcos Vinhas (PT), oficializou sua candidatura a deputado estadual.
Além do apoio do prefeito Tupã, Vinhas é aposta do partido para mudar o cenário político na região.
A candidatura de Vinhas acirra a disputa na região entre PT e PSDB [vide Mauro Bragato].
Por outro lado, abre uma nova possibilidade para a região, caso consiga se eleger.
Hoje, além de vice-prefeito, Vinhas comanda a Macro do PT em Prudente.
Pode receber ainda apoio do ex-prefeito Agripino Lima, principal desafeto de Bragato.
Além do apoio do prefeito Tupã, Vinhas é aposta do partido para mudar o cenário político na região.
A candidatura de Vinhas acirra a disputa na região entre PT e PSDB [vide Mauro Bragato].
Por outro lado, abre uma nova possibilidade para a região, caso consiga se eleger.
Hoje, além de vice-prefeito, Vinhas comanda a Macro do PT em Prudente.
Pode receber ainda apoio do ex-prefeito Agripino Lima, principal desafeto de Bragato.
sábado, 26 de junho de 2010
Aifnal é R$ 40 ou R$ 50?
Todos os meios de comunicação de Venceslau repassaram no início da semana informação da Comissão da 34ª Faive (Feira Agropecuária e Industrial) de que a venda de pacote de ingressos a R$ 40,00 se encerraria neste sábado, 26, inclusive mencionando os postos de venda.
No entanto, a informação não se confirmou. Muitas pessoas procuraram neste sábado os postos e foram surpreendidas pelo preço cobrado, R$ 50,00, ao invés dos R$ 40,00 anunciados
Para minimizar a situação, o presidente da comissão pediu aos reclamantes que deixassem seus nomes com respectivo número do RG nos locais para efetuar a venda na segunda-feira com preço antigo.
É lamentável o ocorrido, visto que em feiras anteriores havia um grande estímulo dos membros da comissão para que as pessoas comprassem os pacotes para aproveitar o preço mais em conta, inclusive com o escritório da feira funcionando até final da tarde para que as pessoas que trabalham no sábado pudessem também ser atendidas.
Outra reclamação é em relação ao papel que serve de permanente e que sai das máquinas de cartão de crédito. Com código de barra para controlar o acesso, o papel é na verdade um recibo de cartão de crédito, muito fino e fácil de perder e molhar.
O visitante da feira precisará de muito cuidado para não ser surpreendido na hora de entrar para ver os shows pagos.
Lamentável.
No entanto, a informação não se confirmou. Muitas pessoas procuraram neste sábado os postos e foram surpreendidas pelo preço cobrado, R$ 50,00, ao invés dos R$ 40,00 anunciados
Para minimizar a situação, o presidente da comissão pediu aos reclamantes que deixassem seus nomes com respectivo número do RG nos locais para efetuar a venda na segunda-feira com preço antigo.
É lamentável o ocorrido, visto que em feiras anteriores havia um grande estímulo dos membros da comissão para que as pessoas comprassem os pacotes para aproveitar o preço mais em conta, inclusive com o escritório da feira funcionando até final da tarde para que as pessoas que trabalham no sábado pudessem também ser atendidas.
Outra reclamação é em relação ao papel que serve de permanente e que sai das máquinas de cartão de crédito. Com código de barra para controlar o acesso, o papel é na verdade um recibo de cartão de crédito, muito fino e fácil de perder e molhar.
O visitante da feira precisará de muito cuidado para não ser surpreendido na hora de entrar para ver os shows pagos.
Lamentável.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Temer em Prudente
O deputado e candidato a vice na chapa da petista Dilma Rousseff, Michel Temer (PMDB), estará neste domingo em Presidente Prudente.
Será recebido pelo ex-deputado Paulo Lima, do mesmo partido, e também por correligionários, entre eles, o professor Luiz Geraldo de Oliveira, amigo e companheiro dos tempos de Tietê.
Será recebido pelo ex-deputado Paulo Lima, do mesmo partido, e também por correligionários, entre eles, o professor Luiz Geraldo de Oliveira, amigo e companheiro dos tempos de Tietê.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Dilma vira
Pesquisa Ibope/CNI divulgada nesta quarta-feira aponta virada da petista Dilma Rousseff em cima do tucano José Serra: 40% a 35%.
E olha que, nos últimos dias, a exposição de Serra na mídia foi intensa.
Além de ocupar horário eleitoral do DEM, do PPS e do seu partido, Serra foi sabatinado na Folha, concedeu entrevista ao Roda Viva, na Cultura, e esteve viajando em compromissos no nordeste.
A campanha não começou, no entanto, para Dilma, o resultado não poderia ser melhor. Mérito para Lula, com certeza, mas a mineira também tem seu valor, afinal tem sido firme na defesa do governo e com discurso de avanço ao invés de continuísmo.
Em São Paulo, a expectativa é em relação ao crescimento de Mercadante.
O desgate tucano no Estado é visto em todos lugares e, principalmente, em relação ao funcionalismo público estadual.
E olha que, nos últimos dias, a exposição de Serra na mídia foi intensa.
Além de ocupar horário eleitoral do DEM, do PPS e do seu partido, Serra foi sabatinado na Folha, concedeu entrevista ao Roda Viva, na Cultura, e esteve viajando em compromissos no nordeste.
A campanha não começou, no entanto, para Dilma, o resultado não poderia ser melhor. Mérito para Lula, com certeza, mas a mineira também tem seu valor, afinal tem sido firme na defesa do governo e com discurso de avanço ao invés de continuísmo.
Em São Paulo, a expectativa é em relação ao crescimento de Mercadante.
O desgate tucano no Estado é visto em todos lugares e, principalmente, em relação ao funcionalismo público estadual.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Pela culatra
Quando governava São Paulo, José Serra, através da Secretaria de Estado da Saúde, fez uma pesquisa sofre a satisfação dos pacientes em relação ao atendimento pelo SUS (Sistema Único de Sáúde) nos hospitais paulistas.
Ontem, o Portal UOL trouxe, com exclusividade, o resultado da pesquisa, que aponta falhas no atendimento do SUS no Estado de São Paulo.
Foram obtidas 350 mil respostas, através de cartas e telefones, aos cidadãos atendidos em 2009 nas mais de 630 unidades que funcionam com recursos do SUS.
Entre os dados tabulados pela pesquisa, destacam-se estatísticas alarmantes, como demora de até 06 meses para fazer um procedimento de alta complexidade, não realização de anestesia raquidiana ou peridural nos trabalhos de parto, falta de vacinas nas unidade [19% dos pais disseram que seus filhos não tomaram nenhuma vacina ao nascer, contrariando as normas do Programa de Imunização do Estado de São Paulo, que prevê pelo menos a oferta de vacina contra a tuberculose].
Diante dessa quadro, fica a pergunta: O candidato Serra, tão preocupado com a Saúde, ex-ministro dessa área no governo FHC, faz propaganda enganosa ou boicota ações do governo federal para obter dividendos políticos?
Ontem, o Portal UOL trouxe, com exclusividade, o resultado da pesquisa, que aponta falhas no atendimento do SUS no Estado de São Paulo.
Foram obtidas 350 mil respostas, através de cartas e telefones, aos cidadãos atendidos em 2009 nas mais de 630 unidades que funcionam com recursos do SUS.
Entre os dados tabulados pela pesquisa, destacam-se estatísticas alarmantes, como demora de até 06 meses para fazer um procedimento de alta complexidade, não realização de anestesia raquidiana ou peridural nos trabalhos de parto, falta de vacinas nas unidade [19% dos pais disseram que seus filhos não tomaram nenhuma vacina ao nascer, contrariando as normas do Programa de Imunização do Estado de São Paulo, que prevê pelo menos a oferta de vacina contra a tuberculose].
Diante dessa quadro, fica a pergunta: O candidato Serra, tão preocupado com a Saúde, ex-ministro dessa área no governo FHC, faz propaganda enganosa ou boicota ações do governo federal para obter dividendos políticos?
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Estranhas relações
Em 2002, o jornal "Correio Brasiliense" publicou matéria acerca do envolvimento do então ministro da Saúde José Serra com os "arapongas" que frequentavam Brasília, entre os quais, o ex-delegado da Polícia Federal Onézimo Souza.
Veja a matéria abaixo:
O Ministério da Saúde, onde até 21 de fevereiro último despachava o candidato tucano à Presidência, José Serra, tem uma forte proximidade com escutas telefônicas — mas do outro lado balcão.
Serra, quando ainda ministro, autorizou a contratação por R$ 1,8 milhão da empresa carioca Fence Consultoria Empresarial, especialista em detectar escutas clandestinas. Só neste ano, a Fence recebeu do ministério R$ 226 mil, o que torna o órgão o maior cliente da empresa carioca dentro do governo.
Os valores recebidos pela Fence e sua própria existência acrescentam mais combustível ao dossiê que investigadores privados do PFL tentam montar para apontar o envolvimento de integrantes do governo em suposta escuta montada no escritório da empresa Lunus, de propriedade da governadora Roseana Sarney.
Atribui-se a um grampo clandestino o fato de a Polícia Federal ter sido alertada e descoberto que os cofres da Lunus guardavam R$ 1,34 milhão, que seriam usados na campanha da candidata do PFL à Presidência.
O dono da Fence, Enio Gomes Fontenelle, é um ex-coronel do Exército que por muitos anos trabalhou no extinto Serviço Nacional de Informação (SNI), órgão de investigação oficial durante a ditadura militar, que desapareceu para dar vez à Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Ex-chefe da área de comunicações do SNI, Fontenelle é um craque em espionagem eletrônica. Antigos agentes do SNI atribuem a Fontenelle a modernização do arsenal tecnológico da agência nos anos 80.
O coronel chegou a comandar um grupo que desenvolveu aparelhos de escutas com tecnologia nacional em substituição aos importados. Depois de aposentado, especializou-se em combater os grampos. Entre os clientes da Fence, estão o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a hidrelétrica de Itaipu. A empresa é respeitada no mercado pela competência tecnológica e discrição.
Nos últimos meses, Fontenelle esteve várias vezes no Ministério da Saúde, onde encontrou-se com Serra. Hoje, cerca de 600 telefones e ambientes (salas de reunião e gabinetes) são monitorados pela Fence no ministério.
A empresa rastreia, principalmente, a existência de grampos ou emissores de rádio clandestinos, com capacidade de transmitir conversas para um interceptador posicionado a até 100 metros de distância.
O coronel tem outro conhecido comum com Serra: o delegado da Polícia Federal Marcelo Itajiba. O delegado foi assessor do candidato tucano em Brasília. Mas, antes de desempenhar essa função burocrática, era chefe do Centro de Inteligência da PF, a mais produtiva instaladora de grampos legais a serviço do governo. No ministério, Itajiba montou uma mini-central de inteligência, que contou com a participação dos delegados da PF Onésimo e Hercídio.
Itajiba é da copa e cozinha do ex-ministro. Serra tentou, sem sucesso, fazê-lo diretor-geral da Polícia Federal, em 1999. Hoje, o delegado está no Rio, assim como Fontenelle. ‘‘Conheço o delegado, mas apenas de contatos superficiais’’, disse Fontenelle ao Correio.
Segundo a assessoria do ministério, o reforço no orçamento anual da Fence (que mal passava de R$ 100 mil) deveu-se ao temor de Serra de ser grampeado por representantes das indústrias de tabaco e de medicamentos, que tiveram interesses contrariados pelo ex-ministro.
Assessores do ex-ministro dizem que durante a campanha pela popularização dos remédios genéricos e contra o cigarro Serra amealhou muitos inimigos. Antes, a varredura (como é chamado o trabalho de localização de escutas) era mensal. Hoje, segundo informações da segurança do ministério, ela é semanal. Registre-se, porém, que as batalhas de Serra contra o fumo e contra os grandes laboratórios datam de dois anos atrás e hoje as relações estão pacificadas.
As investigações realizadas pelos arapongas do PFL sobre os autores do suposto grampo na sede da Lunus haviam apontado, primeiro, para a possibilidade de envolvimento de uma empresa de Brasília, a Interfort Sistemas de Segurança.
As suspeitas contra a Interfort deveram-se ao fato de José Heitor Nunes, gerente da empresa, ter estado várias vezes no Maranhão nas semanas que antecederam a invasão da Lunus.
O que o PFL desconhece é que o coronel Fontenelle (ex-integrante do SNI), o delegado Itajiba e Onésimo (ex-chefe da área de Inteligência da PF) e Nunes (dono de uma empresa que presta consultoria para PF na área de escutas) se conhecem.
Ex-militar do Exército, Nunes tem trânsito livre nos órgãos do governo dedicados a fazer investigação. Como consultor de segurança, Nunes dá aulas para os arapongas da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Durante sua militância empresarial e militar, conheceu Itajiba e o coronel Fontenelle. É ainda amigo do delegado Onésimo, que também trabalhou com Serra e hoje presta servivo à empresa ControlRisk, especialista em investigações e medidas de segurança.
OS DOSSIÊS E OS INVESTIGADOS
Ao que tudo indica, os agentes que se espalharam pelo país produziram vários dossiês diferentes. As primeiras informações sobre eles começaram a circular na semana seguinte à apreensão dos documentos e da bola de R$ 1,3 milhão no escritório da Lunus, da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e de seu marido, Jorge Murad.
Contra Lula e Roseana
O candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, foi o primeiro a denunciar a existência de uma estrutura de arapongagem. Segundo ele, havia um grupo de 40 pessoas plantado em São Paulo para bisbilhotar a vida dos possíveis adversários do candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Os principais alvos seriam, segundo Ciro, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e Roseana Sarney, do PFL.
Sarney também se queixa
O senador José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana, obtém informações semelhantes. No mês passado, ele se queixou ao presidente Fernando Henrique Cardoso sobre essas suspeitas.
Dossiê para Garotinho
O governador do Rio e candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, informa que foi procurado por um político do PSDB, a mando do deputado Márcio Fortes (PSDB-RJ), que pretendia lhe passar um dossiê com denúncias contra Roseana Sarney.
Uma revista
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, também afirma ter tido acesso a um dossiê. Ele teria informações que embasariam reportagem de uma revista de circulação nacional.
Também contra Tasso
O governador do Ceará, Tasso Jereissati, que chegou a disputar com Serra a indicação do PSDB para ser candidato à Presidência, também foi investigado. Os arapongas ainda seguiram seu irmão, o empresário Carlos Jereissati. Ele é sócio do marido de Roseana, Jorge Murad, em um shopping center em Porto Alegre (RS).
Veja a matéria abaixo:
Na Saúde, Serra multiplicou gastos com empresa de ex-agente do SNI Luiz Alberto Weber
O Ministério da Saúde, onde até 21 de fevereiro último despachava o candidato tucano à Presidência, José Serra, tem uma forte proximidade com escutas telefônicas — mas do outro lado balcão.
Serra, quando ainda ministro, autorizou a contratação por R$ 1,8 milhão da empresa carioca Fence Consultoria Empresarial, especialista em detectar escutas clandestinas. Só neste ano, a Fence recebeu do ministério R$ 226 mil, o que torna o órgão o maior cliente da empresa carioca dentro do governo.
Os valores recebidos pela Fence e sua própria existência acrescentam mais combustível ao dossiê que investigadores privados do PFL tentam montar para apontar o envolvimento de integrantes do governo em suposta escuta montada no escritório da empresa Lunus, de propriedade da governadora Roseana Sarney.
Atribui-se a um grampo clandestino o fato de a Polícia Federal ter sido alertada e descoberto que os cofres da Lunus guardavam R$ 1,34 milhão, que seriam usados na campanha da candidata do PFL à Presidência.
O dono da Fence, Enio Gomes Fontenelle, é um ex-coronel do Exército que por muitos anos trabalhou no extinto Serviço Nacional de Informação (SNI), órgão de investigação oficial durante a ditadura militar, que desapareceu para dar vez à Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Ex-chefe da área de comunicações do SNI, Fontenelle é um craque em espionagem eletrônica. Antigos agentes do SNI atribuem a Fontenelle a modernização do arsenal tecnológico da agência nos anos 80.
O coronel chegou a comandar um grupo que desenvolveu aparelhos de escutas com tecnologia nacional em substituição aos importados. Depois de aposentado, especializou-se em combater os grampos. Entre os clientes da Fence, estão o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a hidrelétrica de Itaipu. A empresa é respeitada no mercado pela competência tecnológica e discrição.
Nos últimos meses, Fontenelle esteve várias vezes no Ministério da Saúde, onde encontrou-se com Serra. Hoje, cerca de 600 telefones e ambientes (salas de reunião e gabinetes) são monitorados pela Fence no ministério.
A empresa rastreia, principalmente, a existência de grampos ou emissores de rádio clandestinos, com capacidade de transmitir conversas para um interceptador posicionado a até 100 metros de distância.
O coronel tem outro conhecido comum com Serra: o delegado da Polícia Federal Marcelo Itajiba. O delegado foi assessor do candidato tucano em Brasília. Mas, antes de desempenhar essa função burocrática, era chefe do Centro de Inteligência da PF, a mais produtiva instaladora de grampos legais a serviço do governo. No ministério, Itajiba montou uma mini-central de inteligência, que contou com a participação dos delegados da PF Onésimo e Hercídio.
Itajiba é da copa e cozinha do ex-ministro. Serra tentou, sem sucesso, fazê-lo diretor-geral da Polícia Federal, em 1999. Hoje, o delegado está no Rio, assim como Fontenelle. ‘‘Conheço o delegado, mas apenas de contatos superficiais’’, disse Fontenelle ao Correio.
Segundo a assessoria do ministério, o reforço no orçamento anual da Fence (que mal passava de R$ 100 mil) deveu-se ao temor de Serra de ser grampeado por representantes das indústrias de tabaco e de medicamentos, que tiveram interesses contrariados pelo ex-ministro.
Assessores do ex-ministro dizem que durante a campanha pela popularização dos remédios genéricos e contra o cigarro Serra amealhou muitos inimigos. Antes, a varredura (como é chamado o trabalho de localização de escutas) era mensal. Hoje, segundo informações da segurança do ministério, ela é semanal. Registre-se, porém, que as batalhas de Serra contra o fumo e contra os grandes laboratórios datam de dois anos atrás e hoje as relações estão pacificadas.
As investigações realizadas pelos arapongas do PFL sobre os autores do suposto grampo na sede da Lunus haviam apontado, primeiro, para a possibilidade de envolvimento de uma empresa de Brasília, a Interfort Sistemas de Segurança.
As suspeitas contra a Interfort deveram-se ao fato de José Heitor Nunes, gerente da empresa, ter estado várias vezes no Maranhão nas semanas que antecederam a invasão da Lunus.
O que o PFL desconhece é que o coronel Fontenelle (ex-integrante do SNI), o delegado Itajiba e Onésimo (ex-chefe da área de Inteligência da PF) e Nunes (dono de uma empresa que presta consultoria para PF na área de escutas) se conhecem.
Ex-militar do Exército, Nunes tem trânsito livre nos órgãos do governo dedicados a fazer investigação. Como consultor de segurança, Nunes dá aulas para os arapongas da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Durante sua militância empresarial e militar, conheceu Itajiba e o coronel Fontenelle. É ainda amigo do delegado Onésimo, que também trabalhou com Serra e hoje presta servivo à empresa ControlRisk, especialista em investigações e medidas de segurança.
OS DOSSIÊS E OS INVESTIGADOS
Ao que tudo indica, os agentes que se espalharam pelo país produziram vários dossiês diferentes. As primeiras informações sobre eles começaram a circular na semana seguinte à apreensão dos documentos e da bola de R$ 1,3 milhão no escritório da Lunus, da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e de seu marido, Jorge Murad.
Contra Lula e Roseana
O candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, foi o primeiro a denunciar a existência de uma estrutura de arapongagem. Segundo ele, havia um grupo de 40 pessoas plantado em São Paulo para bisbilhotar a vida dos possíveis adversários do candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Os principais alvos seriam, segundo Ciro, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e Roseana Sarney, do PFL.
Sarney também se queixa
O senador José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana, obtém informações semelhantes. No mês passado, ele se queixou ao presidente Fernando Henrique Cardoso sobre essas suspeitas.
Dossiê para Garotinho
O governador do Rio e candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, informa que foi procurado por um político do PSDB, a mando do deputado Márcio Fortes (PSDB-RJ), que pretendia lhe passar um dossiê com denúncias contra Roseana Sarney.
Uma revista
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, também afirma ter tido acesso a um dossiê. Ele teria informações que embasariam reportagem de uma revista de circulação nacional.
Também contra Tasso
O governador do Ceará, Tasso Jereissati, que chegou a disputar com Serra a indicação do PSDB para ser candidato à Presidência, também foi investigado. Os arapongas ainda seguiram seu irmão, o empresário Carlos Jereissati. Ele é sócio do marido de Roseana, Jorge Murad, em um shopping center em Porto Alegre (RS).
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Rodoanel não é aqui
Quem passa pela praça Otto Brull, em Venceslau, vai dar de cara com um out-door (foto) destacando a construção do Rodoanel.
Para quem não sabe, trata-se de uma obra realizada pelo governo do Estado [inclusive com recursos federais], com 177 quilômetros de auto-estrada, construída em torno do centro da Grande São Paulo.
O Rodoanel é uma tentativa de aliviar o intenso tráfego de caminhões oriundos no Norte e Sul do Brasil e que cruzam as duas linhas urbanas marginais da Capital (Pinheiros e Tietê).
Considerada a principal obra tucana no Estado - o Rodoanel tem o nome do ex-governador Mário Covas -, não por acaso virou também propaganda política pré-eleitoral, mesmo estando mais de 600 quilômetros de distância do Pontal.
Enquanto nossa região vivencia problemas crônicos, com falta de investimento e mergulhado no esquecimento nos últimos 16 anos, o governo paulista usa dinheiro público com fins políticos para divulgar uma obra que não nos diz respeito.
Alguém precisa explicar o inexplicável.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Morumbi e a Copa no Brasil
Os torcedores do São Paulo e, principalmente, a diretoria do clube, devem nutrir "grande admiração" (sic) pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que nesta quarta-feira anunciou que o estadio do Morumbi está fora dos planos para abertura da Copa do Mundo no Brasil em 2014.
Teixeira, por certo, não gostou do apoio sãopaulino à reeleição de Fábio Koff na presidência do Clube dos 13. O São Paulo liderou campanha para que o candidato da preferência da CBF, Kleber Leite, fosse derrotado.
Se é uma retalhação aos tricolores do Morumbi e a São Paulo, de José Serra e Alckmin, só o tempo é que dirá, como insistem em afirmar os que enveredam o assunto para o lado político.
De certo é que a intenção da CBF é construir um novo estádio, com investimento bem menor ao que se gastaria com a reforma do Morumbi.
Primeiro, a diretoria do São Paulo fez um projeto de reforma para gastar R$ 600 milhões. A CBF e a Fifa estranharam o valor. Depois, os tricolores apresentaram outro projeto, baixando para pouco mais de R$ 230 milhões, no entanto a Fifa ja tinha sinalizado a expiração do prazo.
Este assunto ainda vai dar muito pano pra manga e será alvo de muita exploração na mídia.
Teixeira, por certo, não gostou do apoio sãopaulino à reeleição de Fábio Koff na presidência do Clube dos 13. O São Paulo liderou campanha para que o candidato da preferência da CBF, Kleber Leite, fosse derrotado.
Se é uma retalhação aos tricolores do Morumbi e a São Paulo, de José Serra e Alckmin, só o tempo é que dirá, como insistem em afirmar os que enveredam o assunto para o lado político.
De certo é que a intenção da CBF é construir um novo estádio, com investimento bem menor ao que se gastaria com a reforma do Morumbi.
Primeiro, a diretoria do São Paulo fez um projeto de reforma para gastar R$ 600 milhões. A CBF e a Fifa estranharam o valor. Depois, os tricolores apresentaram outro projeto, baixando para pouco mais de R$ 230 milhões, no entanto a Fifa ja tinha sinalizado a expiração do prazo.
Este assunto ainda vai dar muito pano pra manga e será alvo de muita exploração na mídia.
sábado, 12 de junho de 2010
Escória midiática
É repugnante ver, ler e assistir os principais meios de comunicação do país fazerem campanha declarada ao tucano José Serra, cujas atitudes reencarnam o 'Lacerdismo", defensores da política entreguista e subserviente aos interesses dos ianques.
Um maior exemplo é a revista não-Veja, cuja tinha editorial é destinada a atacar o governo Lula e o avanço social conquistado pelo país nos últimos anos.
Quando Lula diz, de forma sincera, que não observa na grande imprensa espaço para as coisas boas que seu governo vem realizando, está dando um recado à população para não se deixar enganar.
Vivemos o período pré-eleitoral e, com certeza, todos os interesses que foram contrariados se juntarão para eleger Serra, isso não tenho dúvida.
A grande imprensa, acostumada a monopolizar verbas publicitárias públicas- institucionais, não aceita que os recursos sejam pulverizados de modo a atender os médios e pequenos veículos de comunicação.
A eleição de Serra, para esse setor [grande imprensa] que considero a escória midiática tupiniquim, é questão de vida e morte. Isto está muito claro. Basta acompanhar a linha editorial que permeia nos principais veículos de comunicação.
O eleitor deve ficar atento e repugnar qualquer tipo de influência e votar pela sua consciência.
Um maior exemplo é a revista não-Veja, cuja tinha editorial é destinada a atacar o governo Lula e o avanço social conquistado pelo país nos últimos anos.
Quando Lula diz, de forma sincera, que não observa na grande imprensa espaço para as coisas boas que seu governo vem realizando, está dando um recado à população para não se deixar enganar.
Vivemos o período pré-eleitoral e, com certeza, todos os interesses que foram contrariados se juntarão para eleger Serra, isso não tenho dúvida.
A grande imprensa, acostumada a monopolizar verbas publicitárias públicas- institucionais, não aceita que os recursos sejam pulverizados de modo a atender os médios e pequenos veículos de comunicação.
A eleição de Serra, para esse setor [grande imprensa] que considero a escória midiática tupiniquim, é questão de vida e morte. Isto está muito claro. Basta acompanhar a linha editorial que permeia nos principais veículos de comunicação.
O eleitor deve ficar atento e repugnar qualquer tipo de influência e votar pela sua consciência.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Dia de cão
Quando me deparei hoje, ao vivo e a cores, com a presença de duas figuras políticas na mesma nau, pensei: o que estou fazendo aqui.
Bem, o lado profissional deve estar acima do que se pensa e o que se quer.
Na nossa profissão de relatar os fatos, não há como fugir do que parece óbvio ululante, diria Nelson Rodrigues.
Então, encarei mais uma coletiva, que, pasmem, tinha jeito de uma coisa encomendada, tal a volúpia e falta de senso profissional que insiste em permear nesse rincão.
Ouvi atentamente os questionamentos e as respostas manjadas dos visitantes sob os olhares absortos de uma torcida só.
Não podia ser diferente.
As mesmas ladainhas, quiça os mesmos sofismas, repetições, discursos prosaicos, ufanismo barato cheirando mocho.
Virei às costas, depois da missão cumprida e voltei para o meu habitat.
A soberba e o cinismo são duas coisas que abomino nessa vida.
Bem, o lado profissional deve estar acima do que se pensa e o que se quer.
Na nossa profissão de relatar os fatos, não há como fugir do que parece óbvio ululante, diria Nelson Rodrigues.
Então, encarei mais uma coletiva, que, pasmem, tinha jeito de uma coisa encomendada, tal a volúpia e falta de senso profissional que insiste em permear nesse rincão.
Ouvi atentamente os questionamentos e as respostas manjadas dos visitantes sob os olhares absortos de uma torcida só.
Não podia ser diferente.
As mesmas ladainhas, quiça os mesmos sofismas, repetições, discursos prosaicos, ufanismo barato cheirando mocho.
Virei às costas, depois da missão cumprida e voltei para o meu habitat.
A soberba e o cinismo são duas coisas que abomino nessa vida.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Visita de Alckmin
Nesta sexta-feira, os venceslauenses terão a oportunidade de rever Geraldo Alckmin, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB.
Virá acompanhado do pré-candidato a senador, Orestes Quércia, e do seu candidato a vice, Guilherme Afif Domingos.
Primeiro, será recebido pelo prefeito Ernane Erbella (PMDB) e, depois, percorrerá por ruas centrais da cidade.
A visita é uma ótima oportunidade para uma cobrança pessoal ao pré-candidato.
Alckmin, que por 12 anos esteve a frente do governo paulista- considerando que foi vice das duas gestões de Mário Covas e governou o Estado por quase 6 anos [como vice, ele substitui Covas que se afastou por problemas de saúde, e depois foi eleito governador], vem novamente pedir o voto do venceslauense.
Cabe aqui uma reflexão sobre o município e a região neste período em que os tucanos comandam nosso Estado.
Valerá a pena a continuidade?
Virá acompanhado do pré-candidato a senador, Orestes Quércia, e do seu candidato a vice, Guilherme Afif Domingos.
Primeiro, será recebido pelo prefeito Ernane Erbella (PMDB) e, depois, percorrerá por ruas centrais da cidade.
A visita é uma ótima oportunidade para uma cobrança pessoal ao pré-candidato.
Alckmin, que por 12 anos esteve a frente do governo paulista- considerando que foi vice das duas gestões de Mário Covas e governou o Estado por quase 6 anos [como vice, ele substitui Covas que se afastou por problemas de saúde, e depois foi eleito governador], vem novamente pedir o voto do venceslauense.
Cabe aqui uma reflexão sobre o município e a região neste período em que os tucanos comandam nosso Estado.
Valerá a pena a continuidade?
quarta-feira, 9 de junho de 2010
A discussão é outra
Alguem disse outro dia - e concordo - que o paulista é muito conservador em se tratando de política.
Conforme indicam as pesquisas, estamos prestes a eleger o novo governador que é velho, digo, conhecido e que comandou esse estado por mais de 07 anos.
Ele quer mais quatro agora, depois de sua derrocata nas eleições municipais de São Paulo, em 2008.
Curioso é que determinados políticos, com exceções, é lógico, estão sempre disputando eleições, na derrota ou na vitória, e os exemplos sabemos de cor.
Preocupante é que os problemas continuam, no entanto as promessas se renovam e, assim, caminhamos, a passos lentos.
A renovação para os Paulistas parece estar distante. Prefere o discurso manjado: "já que não tem tu, vai tu mesmo".
Tem muitos funcionários pagando "mico", desprezados e aviltados, mas estes mesmos cidadãos insistem no erro.
Triste sina e falta de consciência, medo ou falta de informação, será?
Conforme indicam as pesquisas, estamos prestes a eleger o novo governador que é velho, digo, conhecido e que comandou esse estado por mais de 07 anos.
Ele quer mais quatro agora, depois de sua derrocata nas eleições municipais de São Paulo, em 2008.
Curioso é que determinados políticos, com exceções, é lógico, estão sempre disputando eleições, na derrota ou na vitória, e os exemplos sabemos de cor.
Preocupante é que os problemas continuam, no entanto as promessas se renovam e, assim, caminhamos, a passos lentos.
A renovação para os Paulistas parece estar distante. Prefere o discurso manjado: "já que não tem tu, vai tu mesmo".
Tem muitos funcionários pagando "mico", desprezados e aviltados, mas estes mesmos cidadãos insistem no erro.
Triste sina e falta de consciência, medo ou falta de informação, será?
terça-feira, 8 de junho de 2010
Câmara aumenta número de vereadores
Em votação realizada dias atrás, a Câmara Municipal de Venceslau alterou a redação do 'caput' do artigo 14 da Lei Orgânica, estabelecendo que o legislativo será composto agora por 13 vereadores, ao invés de 09.
A mudança, no entanto, só valerá para as próximas eleições.
No final dos anos 90, a Justiça Eleitoral fixou o número de vereadores, reduzindo de 15 para 09 cadeiras em Venceslau.
No entanto, o entendimento é que a fixação do número de cadeiras é uma atribuição da Lei Orgânica do Município, fato que foi ignorado por vários anos.
Agora, os vereadores atuais decidiram ignorar a resolução da Justiça Eleitoral, invocando novamente à Lei Orgânica do Município.
A mudança, no entanto, só valerá para as próximas eleições.
No final dos anos 90, a Justiça Eleitoral fixou o número de vereadores, reduzindo de 15 para 09 cadeiras em Venceslau.
No entanto, o entendimento é que a fixação do número de cadeiras é uma atribuição da Lei Orgânica do Município, fato que foi ignorado por vários anos.
Agora, os vereadores atuais decidiram ignorar a resolução da Justiça Eleitoral, invocando novamente à Lei Orgânica do Município.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Olímpio, vice de Mercadante
Ao que tudo indica, o nosso conterrâneo e deputado estadual Olímpio Gomes (PDT) será o candidato a vice de Mercadante (PT) nas eleições para governador de São Paulo, em 03 de outubro próximo.
A quem afirme que Olímpio teria reeleição garantida na Assembleia Legislativa, por conta de sua atuação parlamentar e trabalho em prol da segurança pública.
Assim que ficou sabendo que seu nome estava sendo colocado para compor chapa com Mercadante, Olímpio não titubeou: "serei um soldado do partido", bradou.
Em Venceslau, a escolha de Olímpio causou uma certa surpresa e, ao mesmo tempo, frustração para alguns, que preferem vê-lo como deputado.
Se olharmos pelo prisma que, depois de muitos anos, o município, de fato, tem um deputado que o represente, há uma certa dose de razão.
Mas, por outro, não se pode descartar que uma eventual vitória da dobradinha Mercadante/Olímpio trará muito mais benefício à cidade.
Os contrários vão dizer que o tucano Alckmin lidera pesquisa e pode até ganhar no primeiro turno, previsão que julgo pouco provável.
São Paulo terá segundo turno, não tenho dúvida disso. A campanha não começou e Mercadante já soma 20% do eleitorado paulista.
Por outro lado, há outros candidatos na disputa - Russomano (PP) e Paulo Skaf (PSB). Sendo assim, será quase improvável que Alckmin leve no primeiro turno.
Havendo segundo turno, a eleição será outra, com possibilidade de uma virada.
Não se esqueçamos que São Paulo é governado pelo mesmo grupo há quase 30 anos. Há um nítido esgotamento do jeito tucano de administrar o maior estado da Federação que, infelizmente, nas últimas décadas, vem se esvaindo e se tornando um quase coadjuvante em relação às demais unidades em termos de crescimento regional e valorização profissional.
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