quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CPI da CDHU

Tenho acompanhado os depoimentos na CPI que apura fraudes nas licitações para construção de conjuntos habitacionais pela CDHU na região de Prudente, com a descoberta da 'máfia das casinhas', em 2007.
A Assembleia Legislativa, da forma como vem apurando o assunto, dá entender que não vai chegar a lugar algum. Espero que eu possa estar equivocado.
Os ex-prefeitos que já foram inquiridos pela comissão, inclusive Ângelo Malacrida, disseram que as prefeituras não tinham muito o que fazer, uma vez que a regional da CDHU já tinha esquema pronto para que as empresas envolvidas ganhassem as licitações.
Diante desta afirmação, os membros da comissão deveriam voltar os olhos para as pessoas que estiveram atuando junto à estatal, colocando frente a frente as empresas envolvidas, os executivos que prestaram ou prestam serviços para companhia.
Não se esqueçamos do esquema já propalado pela imprensa sobre um ex-dirigente da CDHU durante a gestão Mário Covas, com envolvimento de superfaturamento na compra de terrenos para construção de casas populares.
Mas o que me chamou atenção foi a atuação do Ministério Público nesta questão, colocando em dúvida a idoneidade de agentes políticos que, ao meu ver, foram vítimas de um esquema que nasceu dentro da CDHU.
Em Venceslau, por exemplo, foi criada uma CEI para apurar o envolvimento do ex-prefeito Malacrida, acusado de ter recebido R$ 6 mil da FT Construtura, fato, que após ser apurado, provou-se não ser verdadeiro, conforme declarações de ex-funcionários da empresa.
Fica claro que se os membros da CPI na Assembleia Legislativa quiserem chegar ao fio da meada terão que convocar os articuladores do esquema de fraude, que passam não somente pelas empresas envolvidas, mas, principalmente, por ex-funcionários da estatal, sem a qual as fraudes não teriam tido êxito.

2 comentários:

  1. É profundamente lamentável o rumo que essas investigações tomaram. Elas devem se concentrar em cima da Secretaria de Habitação e da CDHU, companhia do governo paulista que cuida da politica habitacional. È ali, desde os tempos do conhecido GORO HAMA que negócios excusos acontecem. Incriminar as prefeituras e prefeitos num ambiente desses é atrocidade pura.

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  2. Sr. Melo.
    Muitas aguas passarão por debaixo dessa ponte. Pena que pessoas de bem pagarão caro por acreditarem em seus mandatários.

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