segunda-feira, 30 de julho de 2012

Os jingles e a campanha eleitoral

Com certeza, esse “post” vai gerar polêmica em razão do que penso sobre os “jingles” nas campanhas eleitorais.
Primeiro, reitero que músicas apropiadas de outros autores, sem autorização prévia e pagamentos devidos, não são “jingles”, mas sim adaptações de uma “obra” já existente, uma espécie de paródia.
O uso de melodia conhecida com letra adaptada ao candidato se constitui numa prática recorrente em todo o Brasil. No interior, ela fica ainda mais evidente, visto que não há quem fiscalize.
Os “jingles” eleitorais, na verdade, são criações próprias para uma campanha, com letra e melodia elaboradas para este fim. Além de respeitar e valorizar os criadores, os “jingles” eleitorais sintetizam uma visão mercadológica própria, específica, independente do gênero musical que venha a se utilizar para criação.
Quem não se lembra do jingle da primeira campanha de Lula para presidente – com o refrão “Lula lá, brilha uma estrela”, ou mesmo o “jingle” que fez Paulo Maluf ser eleito prefeito de São Paulo – “São Paulo é Paulo porque Paulo é trabalhador”.
Abomino quem se apropia de músicas não autorizadas e fazem delas motes de campanhas eleitorais, não tendo nem o cuidado de contratar músicos ou mesmo elaborar novo arranjo, recorrendo aos “midi” baixados na Internet.
Este tipo de ação contribui para desvalorização do trabalho de quem cria e ao mesmo tempo para burlar o direito de propriedade do que já foi feito.

Um comentário:

  1. Jamil... Não vejo por onde geraria polêmica essa sua postagem uma vez que só falou a verdade nua e crua!
    Essas paródias mal elaboradas, mal arranjadas e utilizadas sem autorização do compositor da obra (aqui não vou nem discutir o gênero musical que geralmente são de qualidade duvidosa e extremo mal gosto) são enquadradas como CRIME previsto em legislação própria!
    Entendo que a fiscalização caiba ao ECAD mas, acredito que contem com muito poucos agentes para fiscalizar tantos abusos!

    ResponderExcluir