Neste sábado, 31, acompanhei a visita de Temer, Mercadante e Marta a Presidente Prudente. Mas a Dilma não estava na agenda para a visita?
Estava, mas de última hora cancelou e, segundo fiquei sabendo, o compromisso em Curitiba e um imbróglio para composição de apoio ao seu nome teria sido a causa de sua permanência por mais tempo na capital paranaense.
Prometeu-se, agora, que Dilma virá a Prudente em setembro. Será?
Em Prudente, com um certo atraso, Temer, Mercadante e Marta, primeiro, foram inaugurar o comitê eleitoral de Paulo Lima.
Marta foi sucinta em seu discurso e pediu apoio para eleição do anfitrião.
Mercadante foi no mesmo diapasão e aproveitou o momento para criticar os tucanos paulistas que comandam o estado há 16 anos. Citou os preços abusivos do pedágio, a concentração de presídios no Oeste do Estado e criticou a aprovação automática na educação.
Já Temer explicou porque o PMDB resolveu fazer dobradinha com o PT nas eleições presidenciais. Disse que a proposta de coalizão e os números expressivos do governo Lula nas áreas econômicas e sociais também foram decisivos para o apoio. Reiterou que o programa de governo de Dilma contempla a participação do seu partido na elaboração e mostrou entusiasmo com apoio popular.
Falaram ainda Agripino Lima, ex-prefeito de Prudente, e Paulo Lima, candidato a deputado federal pelo PMDB.
O fato curioso foi ver, diante de Marta Suplicy, Paulo Lima pedir voto para Orestes Quércia (PMDB), que é candidato a senador.
Após inaugurar o comitê do candidato prudentino, Mercadante e Marta desceram a avenida para outra inauguração. Desta vez para descerrar a fita do comité de Dilma, viabilizado pela Macro do PT de Prudente.
POis é , é a verdadeira sopa de letrinhas da política brasileira..
ResponderExcluirIncrível ter o Senhor Paulo Lima pedindo votos para um tal de Quercia no palanque com Marta, é prá acabar!!!!!!!!.
Nossa região está "bem" representada.
São as velhas raposas querendo voltar a tomar conta do galinheiro.
E ainda têm os "maria vai com as outras", que ainda fazem campanha pra ele.
Nós merecemos os políticos que temos, afinal......, nós os elegemos!!!!
Tô certo ou tô errado????????
è a verdadeira sopa de letrinhas da política nacional.
ResponderExcluirè comico se não fosse trágico, ver o Sr. Paulo Lima, pedindo votos para um tal Quercia no palanque com Marta,é prá acabar !!!!!!!!
Mais incrivel é "os maria vai com as outras" fazendo campanha pra eles aqui na terrinha.
Mas a gente merece, afinal esses "políticos" fomos nós que elegemos, e cada povo tem o governo que merece......
Temos o nosso Sarney » Agripino Lima
ResponderExcluirE a nossa Roseane » Paulo Lima
Uma estratégia para Mercadante
ResponderExcluir(publicado no “Amálgama”)
As próximas movimentações da campanha de Aloizio Mercadante esclarecerão se ele está de fato empenhado em vencer a disputa para governador de São Paulo, ou se busca apenas fortalecer pretensões futuras (por exemplo, à prefeitura da capital). Caso planeje satisfazer as expectativas da militância, o senador dispõe de um repertório muito restrito de manobras.
Seu desafio imediato, chegar ao segundo turno, é mais difícil do que parece. Como se sabe, Geraldo Alckmin (PSDB) possui vantagens quase insuperáveis: maior tempo de propaganda no rádio e na TV, apoio dos grandes veículos de comunicação e das maiores empresas do país, imensa estrutura administrativa, ocupada há quase duas décadas por quadros peessedebistas.
Dadas as circunstâncias, a única maneira de minimizar esses trunfos nos poucos meses disponíveis seria unir esforços com a campanha de Dilma Rousseff, para benefício de ambos. Em outras palavras, trata-se de regionalizar o embate presidencial e identificar a candidatura de José Serra com a sucessão paulista.
As pesquisas apontam ampla vantagem do tucano em São Paulo, cuja densidade populacional é suficiente para influir no contexto nacional. O adiamento da definição paulista ajudaria a encerrar as disputas presidenciais já no primeiro turno. Centrando esforços no front estadual, as campanhas petistas atingiriam a máscara de bom administrador que Serra exibe no resto do país. Expondo as fraquezas da hegemonia do PSDB paulista, minariam a vantagem de Alckmin, constrangendo-o a defender (ou, mais provavelmente, atacar) os desafetos de partido.
Desunidos em São Paulo, como já estão em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, os tucanos caminhariam juntos para a derrota presidencial imediata. No segundo pleito, desgastado, Serra teria participação apenas protocolar na campanha de Alckmin. Ao mesmo tempo, Mercadante seria beneficiado pelo prestígio de Lula e Dilma.
Mas, para tanto, petistas e aliados precisam tomar a iniciativa e atacar, impondo a pauta dos debates sucessórios. Tudo que Alckmin quer agora é uma campanha propositiva e enfadonha, que anestesie o eleitor até outubro.
Temas não faltam para constrangê-lo: as atrocidades impunes da PM, a vergonha do sistema carcerário, as violências praticadas contra os menores da Fundação Casa (antiga Febem), as suspeitas no Rodoanel e no Metrô, o sucateamento do ensino público, as enchentes nas marginais paulistanas e, principalmente, os escorchantes pedágios que cercam as principais cidades do Estado. Aliás, é assombroso que alguém precise forçar a inclusão de escândalos dessas proporções na agenda eleitoral.
Impera certa mistificação no meio político em torno da chamada campanha negativa. Basta que os ataques demonstrem respeito às demandas populares para conquistar a empatia do eleitorado. Denunciar adversários e esclarecer o público não exigem necessariamente uma comunicação pesada ou repulsiva. As peças audiovisuais criadas com esse fim podem assumir inúmeros formatos, da comédia à reportagem, passando pelo drama e até pela animação.
Recursos técnicos e humanos não faltam. Mas haverá verdadeiro interesse dos personagens envolvidos?
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