Uma das disciplinas que considero importante na ementa dos cursos de jornalismo é a Ética.
Quando cursei a UEL tive um professor de Ética. Era indiano e dava aula na USP também. Fazia a rota Sampa/Londrina, semanalmente.
Um dos seus ensinamentos, que guardei e procuro utilizar no meu dia-a-dia na redação, é a relação consenso/conflito.
Dizia o professor, em português bem arrastado, o consenso estabiliza, enquanto o conflito movimenta, faz crescer.
E vejo que, no mundo de hoje, a palavra consenso é sempre empregada em situações de conflitos, quando as partes se mostram antagônicas. Portanto, bem diferente do que o professor ensinou.
Será que o professor estava errado?
Lógico que não. O que o matuto professor quis dizer é que toda vez que vivenciamos uma situação de consenso as coisas não saem do lugar, não evoluem. O conflito, neste caso, quer dizer mudar algo para melhorar.
É, por isso, que muitas vezes imaginamos uma coisa e ela não se confirma. Só percebemos o erro com o tempo.
No jornalismo, agora aguçado pelo mundo virtual, esse desvirtuamento se torna mais latente por uma razão muito simples: ausência da ética.
Vejo certos "profissionais" mais preocupados em aparecer, ter ibope, do que propriamente em criar um público formador de opinião, desrespeitando princípios éticos e o que prega o bom jornalismo.
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