segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ainda sobre a matança de cães na cidade

Em resposta a missiva do veterinário da Prefeitura de Venceslau, Paulo de Almeida, a socióloga Maria Angela D'Incao, fez o seguinte comentário:
Em primeiro lugar é preciso dizer que não reclamamos e comentamos situações de natureza pública para ofender as pessoas - no caso- as que trabalham no governo local. Temos sempre em vista participar e exercer uma coisa básica e essencial nas democracias, qual seja a de poder dizer o que pensamos nos veículos da midia. Vou, assim, por isso, ignorar as ofensas do Veterinário da prefeitura. Somos, de fato desinformados nesta cidade. O povo da cidade, sobremodo, é bastante desinformado no que se refere a esta operação-leishmaniose. Não fossem os blogs, onde há uma participação popular, não haveria canal de expressão para uma boa parte da população.

Assim, vejamos, somente agora, dia 19 de fevereiro, a população que lê o diário Integração ficou sabendo, pela materia publicada sobre leishmaniose na cidade, da quantidade de cães considerados doentes e da enorme soma dos que precisaram ser sacrificados. É uma soma que deveria preocupar as autoridades locais.
Por comparação, abaixo da referida materia, há uma nota sobre a situação em Presidente Prudente. Lá somente foi sacrificado, agora, o segundo cão, que veio de fora do municipio.
Nós, aqui, de acordo com as informações fornecidas pelo Médico Veterinário da Vigilancia Epidemiologica, já estão contaminados cerca de 460 animais. Destes, 181 foram sacrificados.
Também por comparação, se lembrarmos que Pres. Prudente tem uma população cerca de 4 ou mais vezes maior que a nossa, ficam, mesmo, horripilantes os dados do Médico-veterinário. É preciso se perguntar porque nossa situação é assim tão contaminada e tão desesperadamente desamparada? Afinal onde moramos? Aqui é o Haiti?
Ser bem informado é sempre condição para se proteger e proteger aos seus.
Maria Angela D'Incao





sábado, 5 de fevereiro de 2011

No essencial e no superficial

Por considerar oportuno, reproduzo abaixo texto da socióloga e presidente da SACEA (Sociedade Amigos da Cultura, Educação e Artes), Maria Ângela D'Incao.

No essencial e no superficial
Há tempos uma proposta, através de um requerimento que envolvia cuidados com os animais de rua, passou pela nossa Câmara Municipal. Não sei exatamente quais os animais estariam incluídos ou se somente seria um posto de Controle de Zoonoses. De qualquer modo, saudei essa iniciativa através de uma nota em um artigo a este jornal.
O fato é que nada mais se falou ou se comentou sobre a aprovação da medida. Perdeu-se no esquecimento, como tantas outras.
Queremos falar hoje de uma série de denuncias, boatos ou suspeitas sobre matança, pelo poder público, de cães com atestados de leismaniose assinado por veterinário da prefeitura.
Não se tem dados para julgar a não ser os relatos de pessoas que perderam seus cães. O que é plausível afirmar é que a população não está confiando nesses atestados e está apavorada com a morte de seus animais. Há quem diga que também não se viram os atestados e que somente foram informados que sobre a contaminação e o animal foi levado para à morte. Parece que teve papel na retirada do animal da casa a timidez do cidadão simples perante uma autoridade municipal. Outros, diferentemente, reagiram e não entregaram o animal, procurando outras opiniões ou exames de sangue.
Essa noticia e gritaria vem desde o ano passado. Um blog, dos mais lidos na cidade, chegou a veicular, dia primeiro de fevereiro, discussão e dúvidas de cidadãos sobre essa prática.
Seria bom lembrar ao leitor que desde 17 de abril de 2008 existe lei (12. 916/08), proposta pelo deputado Feliciano Filho, que proíbe a matança indiscriminada de animais, no Estado de São Paulo, tanto em Centros de Zoonoses como em canis. É crime, portanto. Mesmo com alguma doença, o animal pode ser submetido a tratamento e reagir positivamente a ele.
Não vou me alargar nesses comentários, porém, sem duvida, essa questão pode ser investigada pela Promotoria ou por algum cidadão que se sinta lesado em seus direitos, uma vez que um animal de estimação é também um quase-membro da família.
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O que chama a atenção neste episódio é que ele se junta a outros que passaram pela Câmara e que a resposta do prefeito não foi pronta. Não foi uma única vez que algum vereador precisou cobrar e reclamar posição do executivo.
Existe, se pudéssemos procurar uma figura de linguagem para a situação, um quase-autismo na administração pública de Venceslau. Ofícios são enviados e não há respostas. Há, como no autismo humano, uma dificuldade de se relacionar com os interlocutores. Esta parece ser a situação que vivemos nesta administração.
Isso é mal para a cidade, pois dá a sensação a muitos que, de fato, não há vontade política na administração. Somente promessas que os encontros do Prefeito com políticos em Brasília ou São Paulo chegam aos nossos jornais diários.
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Importante mencionar que uma noticia local que não chegou aos diários no final do ano passado, próximo ao Natal, foi o aumento salarial dos vereadores e do prefeito para a próxima legislatura. Com todo o respeito gostaria de lembrar que um município sem dinheiro para tapar buracos, fazer funcionar a prefeitura durante todo o dia, entre outras lacunas, não pode se dar ao luxo de pagar mais de 15 mil reais a um prefeito e quase 4 mil reais a cada um de seus vereadores. Não se coloca, aqui, a questão do mérito, mas sim a questão que é de economia doméstica e de responsabilidade com o futuro da administração da cidade.
Outra notícia acobertada é o caso de um cidadão venceslauense internado com sintomas de leishmaniose, em Presidente Prudente. Por que esse comportamento administrativo pueril de esconder algo tão central a todos os que aqui vivem? Mas isso é um outro assunto.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Serviço questionado

Moradores vem questionando o serviço de tapa-buracos realizado pela Prefeitura. Sustentam que é de baixa qualidade, uma vez que vem sendo aproveitado o descarte de asfalto utilizado pela Cart para manutenção das rodovias da região.
Também questionam o caminhão de usina de asfalto adquirido recentemente pela Prefeitura. Dizem que o veículo está inoperante porque a prefeitura não dispõe de recursos para compra de matéria prima.
A situação de grande parte das ruas da cidade é preocupante. Trechos importantes e vias de acessos a bairros da cidade apresentam muitos buracos. O problema se agrava com as chuvas dos últimos dias.
O que fazer? Essa é a pergunta que não quer calar.
Dar tempo necessário para que a administração encontre recursos e promova um esforço incomum para acabar com todos os buracos? Ou protestar e cobrar soluções imediatas e as promessas feitas na campanha eleitoral em relação ao assunto?
Com a palavra nossas autoridades político-administrativas.