Cenário político em Venceslau

A um ano das eleições municipais, o cenário político em Presidente Venceslau tende a favorecer à reeleição do prefeito Ernane Erbella (PMDB). As composições partidárias e as novas filiações podem dar mais um mandato a Ernane.

Isto porque, enfraquecido, o PT vem perdendo lideranças por conta de uma crise interna. Primeiro, foi o ex-prefeito Ângelo Malacrida, que foi para o PDT e pode ser o candidato do partido nas eleições municipais. Depois foi a vez da vereadora Denise Erbella de Castro, a mais votada do PT nas eleições para a Câmara. Ela migrou para o recém-criado PSD. Agora é a vez da ex-vice-prefeita Regina Beraldo de Almeida, que deixou a sigla para se filiar ao PDT, atendendo convite de Malacrida.

Além disso, o PTB, tradicional aliado do PT nas últimas eleições, tende a apoiar a reeleição de Ernane. O líder estadual e deputado Campos Machado já indicou essa possibilidade, contrariando interesse do PDT e PT que buscavam apoio dos petebistas. Nos bastidores políticos, afirmam que uma manobra política do ex-prefeito Inocêncio Erbella selou um compromisso de apoio do partido à reeleição de Ernane.

Além do eventual apoio do PTB, o PMDB do prefeito Ernane seguirá fazendo dobrada com o PSDB, que acabou ganhando, de última hora, uma filiação que era praticamente certa do PDT. O advogado e ex-candidato a vice-prefeito na chapa de Osvaldo Melo nas eleições de 2008, João Roberto Coelho Pacheco, o Beto Coelho, trocou os trabalhistas pelos tucanos, e deve ser candidato a vereador pelo PSDB, que já tem nomes como Eliseu Bayer, presidente da Câmara, os vereadores Tufy Nicolau Júnior e Rodrigo Monteiro, além do ex-vereador e campeão de votos em eleições passadas, Mestre Tota.
Além do PSDB, Ernane deverá receber apoio também do PV, partido que é presidido por Fernando Hamada, que foi candidato a vereador nas eleições de 2008 na coligação de Osvaldo Melo e hoje ocupa cargo de confiança na Prefeitura.
Pelos lados da oposição, além do PT, o PDT, partido que tem a liderança do deputado estadual Major Olímpio, apresenta uma certa indefinição. Pode lançar o ex-prefeito como candidato majoritário e, para isso, está buscando uma união com o PPS. Um dos alvos é o vereador João Paulo Arfelli Rondó, que está arredio em relação a administração Ernane. Róndo poderia ser vice na chapa de Malacrida. No entanto, o PPS, que é presidido por Álvaro Carlos da Silva, atual secretário da Agricultura no governo Ernane, parece estar dividido. O nome que, em tese, poderia ser lançado é do arquiteto Dílson Leite, mas o próprio teria descartado participar do pleito. O sonho de consumo seria uma dobradinha entre Dílson Leite, do PPS, com o ex-prefeito Malacrida, do PDT.
E o PP de Ezequias? Este continua sendo uma incógnita. O ex-vereador tem afirmado que tem nomes para a disputa majoritária e proporcional, mas não acenou ainda se vai fazer coligações e nem a tendência que deverá seguir.

Por outro lado, há também o recém-criado PSD. Em Venceslau, a nova sigla vem sendo organizada pelo ex-vereador e ex-vice-prefeito Édison Brasil Gonini, que apóia a atual administração.

Por último aparecem o PSB, presidido atualmente por Vandeir de Novaes, e o PC do B, comandado por Amaro Umbelino de Barros Júnior. Ambos já manifestaram que devem apoiar Osvaldo Melo, do PT, caso este saia candidato.