terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sombras que se foram

Cortaram uma árvore. Uma não, foram duas, daquelas que a gente sempre quis ter no quintal da casa. Eram árvores de uma sombra confortável, de lazer nas horas de stress, árvores que nos ensinavam muitas coisas.
Como entender a atitude de certos seres humanos? Será que não sabem eles o quão são importantes a sombra, a paz, a alegria, o prazer, o conforto que as árvores refletem em nossas vidas? Será que são seres insensíveis ou insensatos? Inimigos da natureza?
Não eram árvores condenadas pelo tempo, ao contrário, tinham muita vida, eram robustas, aconchegantes, silentes e belas. Abrigavam a todos que nela se ocupavam, ouviam risadas, conversas...seis, nove e até 12... nas jogadas que se desenrolavam embaixo delas. Estavam sempre ali, quietas, não palpitavam no jogo, assistiam a tudo e a todos. Eita árvores gigantes!!
Agora, depois da nefasta atitude de ceifá-las, só nos resta o consolo de que um dia elas serviram de muita inspiração e momentos felizes, ficando um vazio inexplicável, uma frustração de não poder impedir tamanha crueldade.
Com certeza, a natureza está desfalcada e triste, como nós, que aprendemos que preservar árvores é esticar a vida.
(Jamil Tannous Challouts)

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