terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ao acaso

Boca se abre em dó menor
Na triste canção de quem sofre
A dor silente, impávida mas que respira
No peito de quem se move

Feito forma lúdica de minha imaginação
Transcende o infinito que se esconde no agora
Temperamento e gosto se entrelaçam
E a canção se faz ouvir nos meus poros

Estribilho insiste em me prender
Procuro outro verso pra fugir
Mas encontro as rimas perdidas
Quase sem querer, e as frases nascem soltas então
Como se o poeta não existisse
E as palavras fossem ao acaso

Jamil Tannous Challouts

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