quarta-feira, 1 de junho de 2011

Poema antropofágico

Por que sofro?
Sou carne osso
Ou mente vazia
Sou poesia ou transposição do dia...

Por que me alimento?
Só pelas palavras
Que saem do pensamento
Ou fluem como nuvem ao vento

Por que me encanto?
Por melodias espasmódicas
Notas frias e feitas por acaso
Que brotam do acorde sem compasso

Por que amo tanto?
Viver o momento do dia
Respirar o ar que ainda não encontrei
Ou aspirar a flor do jardim que não avistei

Por que da morte?
Se a sorte ainda não chegou
Para bater na janela da minha saudade
Ainda sou carne, osso, antropofágico de mim mesmo....

Jamil Tannous Challouts

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